quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Carta de Paulo, aos Coríntios...


Ainda que eu falasse a línguas dos homens e falasse a língua dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse as montanhas, e não tivesse amor, eu nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se revolta com a injustiça, mas se regozija com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba... Havendo profecias, serão aniquiladas. Havendo línguas, cessarão. Havendo ciência, desaparecerá...
Porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte estará acabado.
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três;
mas o maior destes é o amor.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O REI E O SERVO


Há muito tempo, num reino distante, havia um Rei que não acreditava na bondade de Deus.

Tinha, porém, um servo que sempre o lembrava dessa verdade.

- Meu Rei, não desanime... Tudo que Deus faz é Perfeito. Deus é bom, Deus faz tudo certo!

Um dia, o Rei saiu para caçar juntamente com seu servo, e uma fera da floresta atacou o Rei. O servo conseguiu matar o animal, porém não evitou que sua majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita.

O Rei, furioso pelo que havia acontecido, e sem mostrar agradecimento por ter sua vida salva pelos esforços de seu súdito, perguntou a este:

- E agora, o que você me diz? Deus é bom? Deus faz tudo certo??? Se Deus fosse bom eu não teria sido atacado, e não teria perdido o meu dedo.

O Servo respondeu:

- Meu Rei, apesar de todas essas coisas, somente posso dizer-lhe que Deus é Bom, Deus faz tudo certo! E que mesmo isso, perder um dedo, é para seu bem! Tudo que Deus faz é Perfeito. Ele Nunca Erra!!!

O Rei, indignado com a resposta do servo, mandou que o mesmo fosse preso na cela mais escura e mais fétida do calabouço.

Após algum tempo, o Rei saiu novamente para caçar e aconteceu dele ser atacado, desta vez pôr uma tribo de índios que vivia na selva. Estes índios eram temidos por todos, pois se sabia que faziam sacrifícios humanos para seus deuses.

Mal prenderam o Rei, passaram a preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto e o Rei já estava diante do altar, o Sacerdote indígena, ao examinar a vítima, observou furioso:

- Este homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso!! Falta-lhe um dedo!!

E o Rei foi libertado.

Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, mandou libertar seu súdito e pediu que o mesmo viesse em sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afetuosamente dizendo-lhe:

- Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Você já deve estar sabendo que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: Se Deus é tão Bom, por que permitiu que você fosse preso da maneira como foi? Logo você, que tanto o defendeu?

O servo sorriu e disse:

- Meu Rei, se eu estivesse junto contigo nessa caçada, certamente seria sacrificado em teu lugar, pois não me falta dedo algum!

Deus é bom, Deus faz tudo certo. Ele nunca erra!!!




(Autor desconhecido)








sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PRECE AMAZÔNICA


De joelhos sobre a Terra, mergulho minha consciência em meu coração. Em concentração, procuro alegria, semente sagrada pelo Grande Espírito em mim semeada, à semelhança da vida multiplicada. Em meu coração habita esta chama, sou filha da Terra, irmã das estrelas, meu pai é o Sol.
De joelhos na Terra, em prece silenciosa, me irmano ao Criador, num rogativo de paz. Peço paz ao Senhor da Criação, peço a paz do universo para que abrace o planeta Terra e restabeleça a harmonia dos elementos.
Aqui, do coração das verdes florestas, de joelhos sobre a Terra vos peço meu Pai, protegei a Floresta! Sua verde presença representa a esperança da humanidade. Confortai vossos filhos. Vós tenhais piedade! É tão linda a floresta, com todos seus seres! Suas fontes de águas, nascentes cristalinas, cantam doces canções, dão conforto a seus filhos, vão nascendo, nascendo, vão formando seus rios, vão correndo, correndo, até chegar no mar. Tantas formas de paz e de revelação. Tem os lagos serenos e profundos, tem os igarapezinhos e tem as cachoeiras. Todos os animaizinhos, todos os passarinhos, os bichos bem grandes, os homens, as mulheres e as criancinhas, e também as plantinhas, as grandes árvores, os cipós, todos seres, recebem o frescor desta vida que brota da Terra. As nascentes das águas representam a vida. Ó! Meu Criador, não as deixe secar! O perfume das flores, o canto da avezinhas e das rãzinhas, esta orquestra divina, precisam das águas para poder viver e continuar esta bela missão de sempre vos louvar.
Precisam das águas e precisam do ar, deste ar muito puro que nos dá o alento e o discernimento de vos adorar. Ó! Grande Pai, soprai vossos ventos sobre o planeta Terra, afastai estas nuvens de esquecimento que escurecem as mentes e os corações da humanidade. De joelhos na Terra, eu peço, Ó! Grande Rei, curai a doença da humanidade, o esquecimento da vossa verdade. Ó! Fogo Sagrado, essência divina, brilhai vossa chama de claridade, despertai a memória da humanidade.